quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dois caminhos

Certa vez, em um reino distante, um homem fora acusado de assassinar uma nobre. No entanto, o tal homem era inocente, mas, apesar de toda a corte saber disso, pois, o verdadeiro assassino fazia parte da realeza, eles precisavam de um bode espiatório.
O pobre homem foi capturado, preso em uma cela e aguardava o julgamento que, de certo, o condenaria para uma morte terrível na forca. Afinal, nenhum membro da lei daquela corte acusaria o real assassino.
O dia do julgamento chegou... O juíz chamou o acusado e fingindo que haveria um julgamento real, disse:
- Para que todos no reino vejam que somos justos e valorizamos a vida de qualquer um que viva em nosso reino, estamos aqui para lhe dar um julgamento justo, honesto.
Coitadinho, o pobre homem nem desconfiava, até então, que tudo já estava devidamente tramado para sua condenação e morte certas.
Continuou o juíz:
- Homem, farei algo por você. Nestes dois pedaços de papel, escreverei as palavras INOCENTE e CULPADO. Uma em cada pedacinho e você será o responsável pelo seu destino. Se escolher o pedaço escrito inocente, então, inocentado será, contudo, se pegar o papel com o escrito culpado, será levado à forca.
Com tal declaração o homem teve a esperança de conseguir se salvar. Orou, pedindo para que Deus o iluminasse e fosse, certeiro na escolha do papel, no qual haveria sua inocência junto ao assassinato.
O juíz, pegou os papeis e escreveu em ambos a palavra CULPADO, fazendo com que assim, o pobre homem fosse, de qualquer maneira levado à condenação.
Porém, o acusado desconfiou do comportamento do juíz e, mais uma vez, pediu para Deus o iluminar em sua derradeira escolha.
Ficou em frente aos dois pedaços de papel, pensou, pensou e, de repente, pegou um dos pedaços e colocou em sua boca, engolingo logo em seguida.
O juíz olhou espantado com tal reação e disse:
- E agora, homem...como saberemos sua sentença? Você engoliu o papel!
O pobre homem, com um sorriso nos lábios, finalmente disse:
- Senhor juíz, acreditando na justiça de vossa corte, em seu julgamento e bondade para comigo, eu engoli o papel, sabendo que, o que está ai em cima de vossa mesa, é o contrário do escolhido por mim...veja...
Abrindo, então o papel restante, o pobre homem viu e mostrou a todos a palavra CULPADO escrita no papel, ficando, portanto, sua sentença dada como inocente.

MORAL: Mesmo em meio a tantos problemas, às vezes devemos "engolir" certas coisas, pensar e chegar até as resposta... Acreditando sempre em Deus. Nada é tão difíl quanto parece quando, realmente, queremos resolver. Temos dois caminhos: nos entregamos aos problemas, ou os encaramos para chegar ao resultado final.

Beijos de Fogo...