quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Domador de Estrelas


Essa é uma história bem antiga, do tempo em que a vida era apenas uma brincadeira, e astros e estrelas ganhavam cores a todo instante, num baile de nascer e morrer a cada momento, antes mesmo do homem ter conhecimento das coisas da vida. Nessa época, existiam todos os tipos de cores dentro do nosso universo sem fim. E dentro dessas cores, nasceu um amor, e é sobre esse amor que se trata essa história.
Dentre todas as criaturas existente no universo, era ele, uma criatura única, com podere sobre todas as estrelas, conhecido simplesmente como o Domador de estrelas. As estrelas eram reféns de suas vontades e dessa forma, ele brincava com todas elas. Um certo dia, o Domador veio a sonhar, e nesse sonho encontrou uma estrela, e dessa estrela ele se apaixonou, mas a perdeu ao seu despertar. Então, ele passou a vagar solitário em busca da estrela que havia encontrado em seus sonhos e nunca mais pensou noutra coisa em sua vida. Dessa forma o Domador de Estrelas encontrou sua cina, e atrás dela ele passou a vasculhar os diversos cantos da imensidão do todo que era o universo, até que um certo dia, ele veio a encontrar uma bela e brilhante estrela, sozinha, solitária, e dessa forma resolveu conhecer-la melhor. Olhou diretamente para ela com os seus dons de Domador e viu a beleza de seu brilho perdido pela tristeza, sua forma e intensidade escondida pelo tempo, percebia como os anos de solidão acabara por esconder parte dessa beleza que ele como o grande e único Domador de Estrelas do universo era capaz de perceber. Via que pela dor, a estrela acabara por se transformar naquilo que não era de fato, uma estrela morta, sem brilho, pois há muito se encontrava isolada das demais estrelas e astros do universo. E ali, naquele canto isolado do universo, ambos se encontraram.

No começo, a estrela se surpreendeu com a presença do domador, pois aquele era um ser único, capaz de compreender tudo sobre sua existência, e daquele momento em diante acreditou ter encontrado no Domador o seu destino. Ele, por sua vez, decidira parar por aquele instante para observar a beleza daquela estrela, admirar seu brilho e sua forma, e tentar, utilizando seus poderes e conhecimentos, recuperar parte do brilho que estava escondido atrás de anos de solidão. E assim, ali, os dois ficaram, se envolveram, se conheceram profundamente e se completaram. O Domador cuidava da estrela com toda a sua sabedoria e dedicação, e ela crescia cada vez mais, se tornando mais e mais bela para todos os seres do universo que agora podiam enxergar-la e admirá-la. Era como se uma nova estrela tivesse nascido no universo, independente do fato dela estar ali desde sempre. E o Domador se mantinha a admirá-la, mais do que todos os demais seres.

Porém, por mais bela que fosse aquela estrela, ela não era aquela que apareceu nos sonhos do Domador, e ele sabia que logo chegaria a sua hora de partir, mas queria fazer isso sem que o brilho dela se apagasse novamente e ela voltasse a se tornar esquecida pelo mundo. Por mais que o desejo de admirar a beleza da estrela por mais um pouco fosse muito forte dentro do Domador, ele sentia que era hora de partir, antes que a estrela se tornasse ligada a ele a tal ponto que seu brilho dependesse da presença e existência dele. Então, por mais que não fosse sua vontade, ele partiu, deixando para trás uma das mais belas estrelas que já havia conhecido, e que iria vir a conhecer em sua vida. Partiu novamente solitário, em busca daquela estrela que um dia ele encontrou em um belo sonho que tivera.

Se ele viria a encontrar a estrela de seu sonho, não sabia. Mas ele via que aquela bela estrela que aparecera em seu caminho não era a que procurava, e não seria a ultima estrela a aparecer em seu caminho, e por isso seguiu, na esperança de um dia, o seu destino de encontrar a estrela de seus sonhos se concretizasse e ele pudesse se tornar completo ao lado dela. E possivelmente, sabia que deveria encontrar outras estrelas como esta por quem ele passou e iluminou, e deveria fazer o máximo para que as tornassem mais uma estrela a brilhar no universo. E dizem que até os dias de hoje, o Domador de estrelas vive a procurar essa sua estrela dos sonhos, fazendo brilhar as diversas estrelas que surgem em seu caminho e que existem espalhadas pela imensidão do universo, deixando as noites iluminadas com novas estrelas a brilar.

Beijos de Fogo

No Mar

Quando estou precisando recarregar a bateria, procuro o mar...quando estou triste, procuro o mar.
Ele é um dos meus refúgios. Meu recanto, meu confidente.
Nele me perco por horas. Esqueço que há um mundo em volta.
E, quando me deixo pensar nos problemas, é no mar que descarrego minhas lágrimas, pois, sei que ele se encarregará de levá-las para bem longe de mim...misturando-as, esquecendo-as.
No mar eu vejo a paz que tanto preciso.
No mar eu não encontro a impureza do mundo.
As ondas em sua dança ininterruptamente, me hipnotizam, me acalmam como a uma criança no acalanto da mãe. É assim que me sinto...uma criança...(sorriso vindo aos lábios)...Ah, o marrrrr.
No mar não existe tempo.
E se existir...ele encontrará, apaixonadamente, a liberdade.
Preciso me programar e ir ao encontro das águas que tanto me despertam sentimentos diversos.
E, como diria Ana Carolina: "Eu que não sei quase nada do mar, descobri que não sei nada de mim..."
Quero mergulhar neste infinito de descobertas.
Beijos de Fogo!

Nas ondas da praia
Nas ondas do mar
Quero ser feliz
Quero me afogar.

Nas ondas da praia
Quem vem me beijar?
Quero a estrela-d'alva
Rainha do mar.

Quero ser feliz
Nas ondas do mar
Quero esquecer tudo
Quero descansar.

(Manoel Bandeira)

NÃO SEI


Não sei se a vida é curta ou longa demais pra nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.


Saudade

"Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade,
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido..."
(Pablo Neruda)

Simplesmente por falta de inspiração, tomo "emprestadas" as palavras deste incrível escritor. Não sei precisar o que deveras sinto...com certeza porque mergulho em um rio chamado saudade.
Beijos de Fogo


Oh, dúvida cruel!



Quanto mais os dias passam
Mais a distância se faz presente.
A indifirença inquietante
A dúvida persistente

"É fácil interpretar as palavras...Difícil é interpretar o silêncio"

Neste momento, sou toda dúvida (Isso me deixa “fula”, pois, não sou dada a esses tipos de coisas). Sempre que pode, uma dúvida real, constante, perseguidora e que me afronta por um determinado tempo. Esta dúvida que põe à prova todo meu ser. Que faz com que eu pense se o que estou fazendo é realmente viver. Dúvida proveniente de incertezas de não serem certezas sobre algumas incertezas, tomando minha mente de assalto e meu espírito. Fugindo do pensamento:
Estou me sentindo meio incerta. Putz,.. É muito curioso, pois, logo eu que sempre tenho algo a passar aos amigos que me procuram para algum “atendimento”. Eu que, sobre tantas coisas, pareço tão assertiva. Logo eu que sobre mim...Humm, é..pois é, acho que o problema é este: sobre mim.
Bem provável que não existisse essa dúvida, se o assunto não fosse sobre a minha pessoa. Se não fosse sobre mim, seria algo decididamente certo, mas ao é. È realmente sobre mim.
Tenho total certeza que isso não importa ao mundo que eu possua dúvidas. Fato. Não sou prepotente (não neste ponto!). Entretanto, importa ao mundo saber que há muitas dúvidas que nos assombram, torturam. Engraçado, parece que há dúvidas que estão por aqui pelo simples fato de nos fazer duvidar... affy!...Qual o papel da dúvida? Disseram-me, certa vez que, a dúvida serve para nos alertar, fazer com que pensemos melhor sobre determinado assunto. Mas, tem dúvidas que só servem para assombrar mesmo. Somente para existir dentro de nós sem nenhum propósito...
Bom, no meu caso, sei que preciso me fechar um pouco para tentar desvendar sobre este momento de dúvida. Preciso me reencontrar. Tenho as certezas que preenchem meu coração...mas não tenho a certeza de como agir. Fui podada abruptamente...o que só me causou mais incertezas.
Será que há algo de errado comigo? Será que eu devo fazer diferente? De novo?!?!
Não sei, mas não creio que isso seja fortuito. Pelo menos, não no meu caso. Não que eu seja especial ou algo do gênero, mas creio que as minhas dúvidas não querem que pense melhor ou que pondere outras perspectivas. As minhas dúvidas não querem que eu pense. Isso sim. Acho que é mais por aí…

A pergunta é: E o que ganham elas com isso? Resposta: enquanto não pensar, não poderei ter certezas. Enquanto estiver ocupada com estas dúvidas, não poderei tentar ter certezas sobre tudo o que preciso ter. Acima de tudo, sobre mim mesmo…(Ah, se dependesse de mim!!! Isso eu tenho certeza)

Enfim...Normal...parece ilógico, não é verdade? Eu tenho a certeza de que possuo dúvidas. Talvez seja ilógico, realmente. Mas duvido que seja. Aliás, tenho a certeza. Mas se a dúvida começa a ter lógica, a certeza pode ser ilógica…é isso? Será?

Meu Deus…que coisa mais louca, mais estranha…talvez por isso nem eu me perceba…afinal, procuro ter sempre a certeza das coisas e gosto de as afirmar com tal. E se assim é, então sou ilógica
Estou começando a acreditar que é mais fácil ter dúvidas, que elas valem mais a pena, afinal, é normal tê-las, não? E a existência das certezas parece ser uma perda de tempo...(no meu caso, o meu “achismo”, infelizmente, me remete a uma certeza:descarte).
Enfim, é melhor parar por aqui. No presente momento, apenas me vem à mente uma certeza: o ser humano está demasiado habituado a ter dúvidas porque é muito mais fácil tê-las do que procurar ter certezas. E ainda que ambas (dúvida e certeza) possam surgir do nada, apenas uma explica o inverso, isto é, apenas a certeza pode explicar tudo. A dúvida, essa nunca irá explicar nada…

E eu que tantas dúvidas tenho, acabo por ficar feliz com esta minha certeza.
Não que me vá valer de muito (afinal, não vai mudar o pensamento de ninguém mesmo), mas ao menos agora sei o que devo fazer…eu acho! (rsrs)