quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Oh, dúvida cruel!



Quanto mais os dias passam
Mais a distância se faz presente.
A indifirença inquietante
A dúvida persistente

"É fácil interpretar as palavras...Difícil é interpretar o silêncio"

Neste momento, sou toda dúvida (Isso me deixa “fula”, pois, não sou dada a esses tipos de coisas). Sempre que pode, uma dúvida real, constante, perseguidora e que me afronta por um determinado tempo. Esta dúvida que põe à prova todo meu ser. Que faz com que eu pense se o que estou fazendo é realmente viver. Dúvida proveniente de incertezas de não serem certezas sobre algumas incertezas, tomando minha mente de assalto e meu espírito. Fugindo do pensamento:
Estou me sentindo meio incerta. Putz,.. É muito curioso, pois, logo eu que sempre tenho algo a passar aos amigos que me procuram para algum “atendimento”. Eu que, sobre tantas coisas, pareço tão assertiva. Logo eu que sobre mim...Humm, é..pois é, acho que o problema é este: sobre mim.
Bem provável que não existisse essa dúvida, se o assunto não fosse sobre a minha pessoa. Se não fosse sobre mim, seria algo decididamente certo, mas ao é. È realmente sobre mim.
Tenho total certeza que isso não importa ao mundo que eu possua dúvidas. Fato. Não sou prepotente (não neste ponto!). Entretanto, importa ao mundo saber que há muitas dúvidas que nos assombram, torturam. Engraçado, parece que há dúvidas que estão por aqui pelo simples fato de nos fazer duvidar... affy!...Qual o papel da dúvida? Disseram-me, certa vez que, a dúvida serve para nos alertar, fazer com que pensemos melhor sobre determinado assunto. Mas, tem dúvidas que só servem para assombrar mesmo. Somente para existir dentro de nós sem nenhum propósito...
Bom, no meu caso, sei que preciso me fechar um pouco para tentar desvendar sobre este momento de dúvida. Preciso me reencontrar. Tenho as certezas que preenchem meu coração...mas não tenho a certeza de como agir. Fui podada abruptamente...o que só me causou mais incertezas.
Será que há algo de errado comigo? Será que eu devo fazer diferente? De novo?!?!
Não sei, mas não creio que isso seja fortuito. Pelo menos, não no meu caso. Não que eu seja especial ou algo do gênero, mas creio que as minhas dúvidas não querem que pense melhor ou que pondere outras perspectivas. As minhas dúvidas não querem que eu pense. Isso sim. Acho que é mais por aí…

A pergunta é: E o que ganham elas com isso? Resposta: enquanto não pensar, não poderei ter certezas. Enquanto estiver ocupada com estas dúvidas, não poderei tentar ter certezas sobre tudo o que preciso ter. Acima de tudo, sobre mim mesmo…(Ah, se dependesse de mim!!! Isso eu tenho certeza)

Enfim...Normal...parece ilógico, não é verdade? Eu tenho a certeza de que possuo dúvidas. Talvez seja ilógico, realmente. Mas duvido que seja. Aliás, tenho a certeza. Mas se a dúvida começa a ter lógica, a certeza pode ser ilógica…é isso? Será?

Meu Deus…que coisa mais louca, mais estranha…talvez por isso nem eu me perceba…afinal, procuro ter sempre a certeza das coisas e gosto de as afirmar com tal. E se assim é, então sou ilógica
Estou começando a acreditar que é mais fácil ter dúvidas, que elas valem mais a pena, afinal, é normal tê-las, não? E a existência das certezas parece ser uma perda de tempo...(no meu caso, o meu “achismo”, infelizmente, me remete a uma certeza:descarte).
Enfim, é melhor parar por aqui. No presente momento, apenas me vem à mente uma certeza: o ser humano está demasiado habituado a ter dúvidas porque é muito mais fácil tê-las do que procurar ter certezas. E ainda que ambas (dúvida e certeza) possam surgir do nada, apenas uma explica o inverso, isto é, apenas a certeza pode explicar tudo. A dúvida, essa nunca irá explicar nada…

E eu que tantas dúvidas tenho, acabo por ficar feliz com esta minha certeza.
Não que me vá valer de muito (afinal, não vai mudar o pensamento de ninguém mesmo), mas ao menos agora sei o que devo fazer…eu acho! (rsrs)

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